sábado, 26 de junho de 2010

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"Se tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer a Verdade, teria ouvido Verdades que eu teimava dizer a brincar"

domingo, 20 de junho de 2010

Aprendi

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, há gente que não dá a mínima importâncoa e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou a falar.
Eu aprendi... Que posso fazer algo num minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos no nosso caminho.
Aprendi... Que vai demorar muito tempo para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.
Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu própria coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlada por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que se deve fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.
Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muitas pessoas que gostam de mim, mas não conseguem expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furiosa, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que os seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi que o meu melhor amigo vai magoar-me de vez em quando, que eu tenho de acostumar-me a isso. Que não chega ser perdoada pelos outros, preciso de me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja a sofrer, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias da minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço enquanto adulta.
Aprendi que numa briga é preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero envolver-me. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amam. Isso faz parte da vida.
 Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábia.
 Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
 Aprendi que certas pessoas vão embora de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.